Dezembro de 2010 - por Marcos Paulo Amorim
Uma das grandes preocupações dos gestores das áreas comerciais é aumentar o número de produtos e serviços vendidos. Para tanto, são realizadas campanhas publicitárias e ações de marketing que buscam alcançar a lembrança na mente do consumidor, sejam eles produtos ou serviços. O importante é fazer com que a lembrança da marca leve essa pessoa às prateleiras dos supermercados e adquira produtos ou em outros casos, os serviços.
Mesmo com tanta publicidade e ações estratégicas de comunicação adotadas por essas empresas, para Marcos Paulo Amorim, especialista em mobilidade e diretor-executivo da Blink Systems, que desenvolve aplicativos para pockets e smartphones, há algumas que não fazem uso correto da sua capacidade de distribuição e oferta de produtos nos supermercados, pois não vêem a tecnologia móvel com uma aliada neste processo.
“As médias e grandes empresas se informatizaram com o passar dos anos. Tivemos um grande passo para aplicação e uso do ERP (Enterprise Resourcing Planing), mas a tecnologia móvel, com seus recursos para transmissão de dados e coleta de informações em campo, ainda está renegada ao segundo plano. Basta dar umaolhada nos supermercados para ver quantos vendedores de produtos ainda retiram pedidos na mão, sem o uso dos pockets que facilitam e contribuem para agestão da área comercial e consequentemente para o aumento das vendas”, explica o executivo.
“O censo 2010 é um exemplo do uso inteligente da mobilidade em grande escala, pois o pocket virou a ferramenta da coleta das informações dos brasileiros. Até quando as empresas vão postergar o uso, sem vislumbrar quais as suas reais vantagens? Num futuro próximo é necessário inserir as ferramentas móveis, pois se trata de um grande passo para a redução das despesas, que pode chegar a até 20%”, explica Amorim.
Ferramenta móvel com funcionalidades de um dispositivo fixo
Há15 anos, Amorim, por conhecer as áreas de vendas e de tecnologia e acreditar que a mobilidade se tornaria uma das peças fundamentais para a gestão da área comercial, passou a desenvolver aplicativos para celulares e pockets. “Trata-se de um sistema de automação de vendas inserido no dispositivo. É uma réplica perfeita da área comercial que édefinida pela empresa, com todos os detalhes, desde o cadastro dos clientes, regras para a campanha de vendas, políticas de desconto até as formas de pagamento. Tirar o papel das mãos dos vendedores faz com que as atividades sejam mais precisas e rápidas”, explica.
Chamado de Blink Mobile, o aplicativo é utilizado por mais de 10 mil usuários em todo o país e já ganhou seis premiações mundiais. Segundo Amorim, um dos principais diferenciaisé a possibilidade de adaptação do software, mesmo inserido em um dispositivo móvel, segundo as necessidades de cada empresa.
“Trabalhamos com dois módulos. No pré-venda os pedidos são digitados e transmitidos por sinal de internet para que sejam faturados. Ainda é possível realizar o cadastro do cliente, consultas aos órgãos de proteção ao crédito, estoques, políticas de descontos, quais foram os pedidos realizados, dentre outros, mas tudo é adequado à realidade de cada organização”.
No módulo pronta-entrega é possível realizar a consulta ao estoque, emitir e imprimir a nota fiscal, incluir os dados de pagamento, entregar a mercadoria e ainda possibilita que o vendedor, ao retornar para a empresa, emitia um relatório de prestação de contas com todas as atividades realizadas durante o dia.
Todo o aplicativo foi desenvolvido para permitir a integração com o ERP. Buscando a melhoria contínua do sistema, a Blink Systems ainda desenvolveu o SI (Sales Intelligence).Ele funciona como o BI (BusinessIntelligence), mas é direcionado à área de vendas. Com ele, o gerente da área passa a acompanhar toda a gestão das vendas, explorar dados e informações, dar novos direcionamentos, políticas e estratégias comerciais. “Caminhamos para que toda a empresa fique interligada, pois as pessoas que estão em campo conseguem transmitir dados em tempo real. É uma ferramenta excelente para atomada de decisões, que quanto mais rápidas, mais vantajosas se tornam para as empresas”, finaliza Marcos Amorim.